Rua Maruzouchi

Assunto: Rua Maruzouchi 26/9/2018, 17:12

Relembrando a primeira mensagem :

-Conhecida como a rua "Barra Pesada";
-Escura, mal-iluminada e, as vezes, malcheirosa;
-Dá acesso a alguns lugares e estabelecimentos mais usados apenas por pessoas mais do submundo/máfia/bandidos.
-Perigoso para pessoas de fora, mas bem tranquilo para quem conhece quem vive por ali.

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 8/10/2018, 21:24

- Mais um grifo então? Agora mesmo que a gente vai ter que testar você. Se pelo menos a tauba me respondesse...

* Deu um tragão enquanto puxava o celular do bolso, olhou a conversa com Miho no zap mas ela ainda não tinha visualizado. *

- 'Cê gosta de lutar pelo jeito, né? Vou te apresentar o real The Durden depois desse cigarro, já deve ter entrado gente suficiente agora.

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 8/10/2018, 21:43

- Eu vivo pra lutar. Quando a gente se conhecer melhor, eu aposto que a gente vai conversar bastante. Só pelo nome, a gente já imagina um pouco do lugar. Se for ainda do jeito que tô pensando, vou estar em casa...

* E então o garoto riu, cigarro entre os dentes e os olhos finalmente felizes. Terminava de fumar o cigarro, jogava no chão próximo à uma poça de líquido duvidoso e apagava com o pé, logo após. Arrumou a bolsa nas costas e se desencostou da parede, rindo e olhando para Kain. *

- Vamos lá então, senpai?

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 8/10/2018, 21:50

- Bó.

* Apesar de Tatsuo ser kinda audacioso, Kain estava COMEÇANDO a gostar dele, a ideia de ter um kouhai que gosta de porrada até que era maneirinha na cabeça dele, e como um soon-to-be terceiranista, ele tinha que ser um bom exemplo de senpai, pelo menos na porradaria. Deu um último tragão monstrão que foi quase metade do cigarro de uma vez e jogou o resto no chão, soltando a fumaça pelo nariz enquanto ia em direção a entrada do bar. *

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 8/10/2018, 22:12

* Assentiu com a cabeça, e seguiu o senpai dentro do bar. *

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 10/10/2018, 18:29

[É... esse lugar realmente não é pra qualquer um.]

*Enquanto a maior parte da cidade estava pacífica, ali a coisa era diferente. Podia ver claramente que aquele era a área problema da cidade. Não baixaria a guarda de jeito nenhum, mas já estava acostumado por causa dos vários anos de treinamento militar que tinha. Seguiu andando atentamente, até que ouviu, muito baixo, pessoas alvoroçadas. Pareciam nervoso, sinal de confusão na certa. Nesse momento o mais indicado é? Ir embora? Normalmente sim, mas aí o joguinho não teria graça, não é mesmo? Sendo assim, Kaito começa a procurar de onde o barulho vem, até encontrar a entrada de um bar bem suspeito, o que numa rua tão suspeita quanto não deveria ser novidade. Já preparado para encrenca, Kaito entra no bar.

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 10/10/2018, 19:55

* Kain saiu de lá as pressas, carregando Tatsuo desacordado em suas costas, sem nem ao menos esperar a garota vir atrás. Já foi entrando nas ruazinhas mal iluminadas até chegar na Avenida Principal. *

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 10/10/2018, 20:24

*Sai logo atrás do grupinho mas, diferente deles, anda calmamente pelas ruelas até chegar novamente na avenida principal.*

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 13/10/2018, 21:25

*Passa por ali na maior tranquilidade puta que existe... Como se ali fosse o quintal de sua casa. Acho que ninguém por ali ia estranhar a presença do grandão*

Ô MEU CARALHO, não é por aqui não POWRRA!

*E segue andando pra ver se acha a cademia*

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 29/10/2018, 23:41

* Ah, a rua Maruzouchi. Alguns moleques delinquentes e suas namoradinhas tomavam conta do lugar, e só paravam de olhar para suas garrafas de bebida barata para olhar pra Tatsuo. Todos com olhares estranhos, e após o aluno os revidar, eles apenas desviavam. Tinha algo de errado no olhar de Tatsuo nessa noite. A chuva caía silenciosa, o barulho dos gritos e das sirenes eram altos, Tatsuo sabia bem o que ia rolar nessa noite. Foi andando mais devagar agora, como se ele estivesse apreciando o momento. Seu nariz captou rapidamente o que ele veio pra ver. Tinham 2 caras, um negro alto e um japonês mal encarado, ambos parados bem do outro lado da calçada. Ao lado, 2 meninas. Uma delas era a coisa mais linda do universo, uma tailandesa alta com o olhar penetrante, vestindo um top preto e uma saia curta, com saltos que provavelmente eram mais altos que a própria torre Eiffel. Qualquer um que passasse ali, via que ela era realmente... linda. Tatsuo perdeu um pouco o transe que estava quando ela retornou com o olhar faminto pra ele, sabendo exatamente o que ela era. Do lado dela, estava ela. Baixinha, feia que dói. O nariz destorcido pelo último encontro. Mesmo operada, essa arrombada nunca ficaria linda. Assim que ela percebeu Tatsuo chegando perto, ela tentou correr. Os dois caras que estavam com ela riram, e seguraram seus braços, e o japonês falou olhando para a menina. *

- Oe, Kotone-chan! Vai correr do bosta que você quase matou? Bora rir desse merda, sua piranha!

* E então, ela travou os pés no chão. A tailandesa que estava tarando Tatsuo agora pouco, já saía de perto. O garoto a olhou indo embora, apreciando um pouco da beleza traseira que ela tinha. Olhou tanto pro moreno quanto pro japonês. *

- Não quero nada com vocês. Vim por essa puta mirim que quase me matou.

* A garota fitou Tatsuo nos olhos, e com toda a coragem do universo, ela se pôs à frente dele. Ela batia em seu peito, na parte exata que estava aberta de seu sobretudo. Os dois homens apenas olhavam, provavelmente fixos para qualquer movimento estranho do aluno. Assim que ela chegou bem perto dele, ela passou o dedo indicador no peito nu de Tats, o olhando fixamente nos olhos. *

- Veio dançar no Durden de novo, neném?

* E foi quando Tatsuo riu. Ele viu perfeitamente a faca molhada pela garoa brilhando à luz fraca da porta do Durden, na cintura da menina. Viu também a arma de fogo na cintura do japonês, e os punhos já machucados do negro que parava do lado. Tatsuo acendeu um cigarro, e soltou a fumaça da primeira tragada bem na cara de Kotone. A olhou de cima abaixo, e então, num ato tão rápido quanto a luz, ele desferiu um soco fortíssimo na cara da menina. Ela voou da frente de Tatsuo até o degrau alto onde os três estavam sentados, batendo de costas e caindo com a bunda no chão. Assim que fez isto, o homem negro foi em direção à Tats, desferindo um soco caprichado em seu peito. Tatsuo tossiu sangue no exato mesmo segundo, e então, o outro homem sacou sua arma, dando um tiro bem acertado no braço do aluno, que caiu de joelhos no chão. Tats não esperava aquilo, porém... eles também não esperavam a reação dele. Ambos ficaram em choque, e a Maruzouchi ficou simplesmente deserta ao som do tiro do homem. O japonês, com as mãos tremendo, mirava a arma na cabeça de Tatsuo, numa distância segura. O negro, ficava na frente do aluno, e ele percebera que as suas pernas estavam tremendo. Tatsuo sentia a dor ofegante da bala em seu braço, queimando seu músculo. Sentia também que provavelmente aquele soco iria deixar uma dor constante por dias, mas não era isso que ele queria saber agora. O aluno se levantou, e rapidamente, seu peito já tinha mais pelos que o próprio corpo. Os olhos vermelhos agora, processavam uma trilha de movimento brilhante, enquanto o aluno se posicionava para uma luta dos sonhos. Ficou todo mole, e então, olhou para o céu. Com a garganta cheia de veias estouradas, ele soltou um uivo. Maior ainda do que uivo que dera na academia antes de chutar a cara de Yori. Realmente, a dor o animava. A dor o controlava. A dor era a sua melhor amiga. Lembrou da cara da Miwa de medo, da desaprovação de Kain. Tudo doía. Com os olhos cheios de lágrimas, Tatsuo desferiu uma rasteira no homem negro, que caiu feito bosta no chão, e então Tatsuo finalizou seu problema com um chute na cabeça deste, que desmaiara, não antes de cuspir três dentes no chão. O japonês estava em estado de choque total - talvez não teria visto isto antes na vida. Tatsuo facilmente agiu contra ele, dando um passo rápido na frente do homem e o desarmando. O japonês não conseguia mover um músculo sequer, e suas calças na parte da frente se molharam. Tatsuo riu da criança, e com a voz alterada, ele gritou. Gotas de saliva dançavam na frente da boca do lobisomem, enquanto as lágrimas corriam fortes em seu rosto. *

- Eu mandei não mexer comigo, não mandei?!

* E então, assim que o japonês saiu correndo feito louco da cena, Tatsuo o olhava quase escorregando para uma das vielas da perigosa rua. Enquanto estava distraído, a garota aproveitou para enfiar a faca com tudo na panturrilha do menino, que rapidamente se jogou ao chão devido a dor. Assim que ela se aproximava, de quatro na rua, pronta para mais uma facada, a mão de Tats segurou o braço dela. Ele o torceu com força desumana, o quebrando em sabe-se lá quantos pedaços na hora. A menina gritou de dor, e então, Tatsuo olhou para ela. Bem no fundo dos olhos piedosos dela, que jorravam lágrimas. Tatsuo... sorriu. Sorriu enquanto sangrava no braço, na perna e a boca ainda deixava seu rastro da última tossida de sangue. Ele puxou ela pelo braço quebrado, a colocando deitada bem ao lado do meio-fio. Ela já não tinha reação - era um estado de choque junto com a dor, e ela já não podia mais aguentar. *

- S-seu... MONSTRO! ME SOLTE!

* Ela gritava, enquanto soluçava de dor e pelo choro. Tatsuo não sentiu um pingo de perdão, um pingo de pena. Ela apenas colocou a cabeça da garota no meio fio, virada com a boca para este. Na guia da rua, ele abaixou do lado dela, ainda segurando o braço quebrado desta, e o torcendo. *

- Sua vadia. Você quase me matou. Abre a boca agora, senão eu te mato. Eu juro, eu te mato. Abre a porra dessa sua boca de puta e morde a guia. Morde a guia como se fosse o pau sujo de um dos seus namoradinhos de bosta.

* Nem ele sabia que podia ser tão baixo assim, tão chulo. Talvez, fosse necessário, talvez, ele não tivesse mais poder algum sobre ele mesmo agora. Então, enquanto a garota chorava e tremia, ela fez o que ele pediu. Abriu a boca, e colocou seus dentes na guia. Ela tremia, e seu choro saía abafado pela boca estar mordendo o pedaço de concreto. Tatsuo se levantou, fechou os olhos, deixando mais lágrimas caírem. Abriu apenas quando estava com a cabeça para cima, olhando a lua brilhar no céu. Olhou para baixo só para se certificar, e então, deixou uma gota de sua lágrima cair bem em cima da menina. *

- Você gosta de dar pancada na cabeça dos outros, né?

* Ele disse, antes de literalmente pisar na cabeça da menina que estava com a boca aberta no meio fio. Ele pisou com literalmente toda a força que teve, e conseguiu ouvir a mandíbula dela quebrando enquanto fazia isso. Continuou olhando a cena: ela estava se tremendo, com a boca escrotamente aberta por já não ter mais um músculo ou osso funcional ali, e os olhos esbugalhados. Ele via sangue correr como nunca viu antes, e então, o último suspiro dela. Tatsuo finalmente... finalmente tinha matado alguém. Ele olhou para os lados, ouviu as sirenes rufarem mais próximas agora, enquanto ouvia passos largos na viela próxima. Apenas se certificou que ela estava realmente morta, e rapidamente, saiu correndo em uma velocidade totalmente inalcançável para o outro lado da rua, para outra viela. Seus olhos deixavam lágrimas rápidas irem embora, enquanto ele fazia o mesmo. Nunca sentiu tanta adrenalina, nem tanto arrependimento instantâneo. Conseguia ouvir de longe apenas a voz do japonês que antes atirara nele. *

- M-meu Deus... ele matou a Kotone-chan...

Assunto: Re: Rua Maruzouchi 31/10/2018, 00:04

* Chegara na Maruzouchi, onde viaturas já paravam a rua. Facilmente se encontrou na cidade, pois GPS são coisas do futuro e é uma delícia, né não? Ele estacionou próximo à uma viatura, e um policial já chegava perto do carro para questioná-lo. Apenas mostrou sua identificação, enquanto descia do carro. Adachi fazia o mesmo, e ambos já se dirigiam para onde os legistas e médicos estavam, olhando o corpo da falecida menina. Ao chegar um pouco mais perto, Arthur analisou o corpo jogado no chão, com apenas aquela famosa lona preta em cima. Agachou-se próximo à esta, e puxou a lona do rosto da menina. Puta que pariu, não assassinaram ela. Aquilo foi algo... brutal. A boca dela estava esdruxulamente aberta, era horroroso. A mandíbula estava sendo segurada por um pequeno fio de pele, enquanto os olhos esbugalhados e sem vida pouco revelavam. Se virou para trocar uma ideia com seu parceiro sobre o que tinha visto, mas Adachi já estava na lixeira mais próxima, vomitando o ramén que tinham comido mais cedo. *

- Adachi, seu merda, como você consegue ser tão fraco?!

- P-pera, Arthur-s-s-s...

* E voltava a vomitar. Ele ignorou, e via que havia um policial conversando com um jovem japonês, de calças urinadas. Provavelmente uma testemunha, ou ele teria algo a ver com o caso. Arthur se aproximou, e então, fez sua apresentação tanto ao policial quanto ao japonês. *

- Meu nome é Arthur Whittle e sou o detetive chefe da cidade. Você tem alguma informação do caso, senhor...?

* Falou calmamente, enquanto analisava o estado do japonês. Estava em choque claro, e não era exatamente o que ele precisava agora. *

- K-Kinzo, senhor detetive. Ushiromiya Kinzo. Eu... eu vi mais ou menos o assassinato.

* Mais ou menos?! Arthur já abaixava a cabeça, apalpando o bolso frontal da camisa social, onde estava seu maço de cigarros. Puxou, e rapidamente acendeu. Fez um sinal com a mão para que Kinzo pudesse continuar o depoimento. *

- F-foi um moleque, desses das academias famosas daqui. Ele já tinha vindo aqui antes com um amigo, esse amigo era ruivo e o cara que m-matou a Kotone. O cara que assassinou ele... ele... era um monstro. Cabelos escuros, olhos mortos... eu sinceramente não reconheci ele. Ontem não dava pra ver direito, ele usava uma touca... ele era todo estranho. Mas quando ele estava a-ali, ele tinha pelos. Pelos pelo corpo inteiro. Mas eram muitos pelos... e ele uivou. Alto. Muito alto. Ele quase destruiu meu braço quando me d-desarmou... jogou minha arma no chão facilmente...

* Arthur sabia muito bem que era um tipo de pessoa diferente também. Ele sabia muito bem que tinha o mesmo poder de Frank. Então, ter pelos pelo corpo inteiro era normal. Todavia, além de toda a merda que Kinzo estava contando, que não fazia sentido nenhum pois não era nada convincente. Ele estava em estado de choque... mas a última frase o pegou de jeito. Desarmou? *

- Pera, porque você estava armado? Que tipo de pessoa você é?

* Em um instinto, Arthur já colocava a mão em sua pistola, mas o retardado mental do Adachi ouvira de longe e chegava todo torto na cena, com a arma empunhada, e mirando para o japonês. *

- VOCÊ É POLICIAL OU O QUE PRA TER ARMA SEU BOBALHÃO?

* ... Arthur suspirou. Tragou seu cigarro, e em um movimento pesado e rápido, deu um cascudo forte em Adachi. A porra do moleque era muito burro, mas o detetive o amava de coração. Assim, Adachi olhou com cara de cachorrinho morto para o detetive, que nem sequer prestava atenção nele. Com calma, Arthur voltou sua atenção total à Kinzo. *

- Tem motivos para andar armado, amigo? É policial? Ou é só mais um trombadinha dessa rua?

* Kinzo apenas ficou quieto por uns bons 3 minutos, suando igual um porco que acabara de correr a São Silvestre. E então, falou gaguejando. *

- T-Todos meus amigos tem...

* E foi o suficiente. Arthur deu voz de prisão à Kinzo, e então, já foi seguindo este junto ao policial até a viatura mais próxima. Então, já vendo pelo distintivo no peito do policial, o detetive falou com uma voz que demandava. *

- Leve ele pra delegacia. Eu vou em minutos. Não encosta um dedo nele, sei como vocês são sujos feito bosta. Eu quero ele inteiro, e tentem reverter o estado dele. Eu preciso de mais informações. Pra ontem.

* E então, o policial assentiu, jogando Kinzo na viatura e levando ele até a delegacia. Arthur voltou pro carro, e com a cabeça pra fora, olhou para Adachi. O filho da puta estava na frente do corpo, mesmo sem vê-lo, como se em estado de choque. Então, Arthur fez o que melhor fazia. *

- Adachi, caralho, para de corpo mole! Vem logo pra porra do carro, seu estagiário de merda!

* Em um lapso, Adachi olhou para o carro e entrou junto ao detetive, que já dava partida e se posicionava para voar até a delegacia novamente. Seria uma noite longa demais até, mas o sorriso não escapava a boca do detetive. Antes de dar a partida, tho, ele acendeu mais um cigarro e foi fumando-o o caminho todo, tranquilamente. Ah, ele amava o trabalho dele. Sim, amava. *

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