Rua Nobara 111

Relembrando a primeira mensagem :



-Grande prédio de primeira classe com muitos apartamentos luxuosos;
-Residência do personagem Ootsuka Tora.

*Não demorava muito para tomar banho, porem aquela noite demorou um pouco mais apenas para descansar de baixo do chuveiro quente. E sabia que Koji teria que preparar a janta, então não havia problemas demorar mesmo. Logo desligou o chuveiro e puxou a toalha, secando todo o corpo para logo depois os cabelos, deixando a toalha pendurada sobre os ombros e pescoço. Caminhou até seu armário e vestiu a boxer preta para depois a calça confortável de moletom cinza, sem vestir nenhuma blusa, como sempre fazia depois do banho. Apesar de não cuidar da saúde direito o corpo ainda sim era bem definido. Seguiu caminho de volta para a sala onde Koji o esperava. Chegando lá fez uma face de surpresa enquanto secava os cabelos curtos morenos ainda um pouco molhado, com a janta sobre a mesa. E sim, claro, como podia ter esquecido desse cheiro divino de carne empanada? Era o que mais comia na refeição nos dias que conseguia ir para a escola naquela época. Lembrou pelo cheiro e não pela aparência, pois não estava com seus óculos afinal, teria que chegar bem perto da pessoa ou objeto para enxergar direito. Se aproximou de Koji e da mesa feita com um sorriso nos lábios.*

- Hey! Eu lembro disso! Comia isso sempre quando tinha chance na cantina! Você realmente lembrou disso??

*O moreno riu antes de pegar os óculos de volta e colocando ao rosto, ajeitando-os com a ponta do dedo do meio como de costume. Agora conseguia ver que realmente estava com uma aparência muito bonita e dava aguá na boca. Não sabia se era pela boniteza ou por estar morrendo de fome agora.*

(Akira vc é mto má, sabia? auhauhauha)

*E aquele homi volta na sala ainda sem camisa, um pouco molhado, cheiroso... O rosto de Koji ficou vermelho na hora e ele levou a mão na frente do rosto, tentando disfarçar e se segurando MUITO mais uma vez por ver Tora desse jeito extremamente tentador, principalmente depois de chegar tão perto.*

[Ainda não Koji... ainda não...]

*A off tá com dó desse coelho mas o jantar vai acontecer antes de qualquer outra coisa. Entretanto, quando ele abriu aquele sorriso, que derretia o loiro todas as vezes, sorriu de volta de imediato. Era exatamente disso que ele se lembrava que acontecia todas as vezes que o moreno comia tonkatsu quando eram crianças. A diferença, é que ele está bem mais bonito agora.*

- É claro que eu lembro! Eu sempre... te observei muito.

*Sempre mesmo. Desde que o viu pela primeira vez, Tora foi o centro de sua atenção, mesmo que na época não conseguisse entender seus sentimentos direito e apenas sabia que gostava muito de passar o tempo com ele e observar atentamente tudo o que aquele garotinho quieto fazia. Nessa idade, ainda não fazia ideia do quanto ele se tornaria importante para si e do quanto o amaria. Agora que estavam juntos definitivamente, queria fazê-lo sorrir assim sempre que tivesse a chance.*

- Vamos comer? Espero que esteja tão bom quanto aquele. Tem mais arroz e molho se quiser depois.

{ DHAUISHDSUIDS tehee <3 }


*E por Tora ser tão inocente não havia notado o rubor do loiro, pois estava tão animado com o jantar. Fazia alguns anos que não tinha nenhum jantar desses até o falecimento de sua mãe. Então riu divertido com "é claro que lembro" dele antes de fazer uma face ainda feliz porem curiosa.*

- Me observava? Bom.. eu lembro de você sempre estar comigo nos intervalos... Eu era bem chato.. como você conseguia gostar de mim?

*E assim se sentou, esperou o loiro fazer o mesmo. Pegou seus hashis sobre a mesa e agradeceu pela comida antes de experimentar primeiramente a carne com o molho junto do arroz. E... bem... era até nostálgico aquele gosto. Além de comer na cantina, quando passava o tempo que gostava com sua mãe ela costumava fazer esses tipos de comida no estilo japonês... Afinal, na Russia não é tão comum assim ter essas comidas por ai.*

- Esta muito bom, Koji! Quando começou a cozinhar tão bem assim?

*O rosto se tornou um tanto rubro e nem tinha tocado na bebida ainda, foi por causa da declaração agora no meio do jantar dos dois. Virou o rosto e fez uma leve tossida falsa contra o lado do punho antes de levar a mão sobre o pescoço e coçar levemente a nuca, certamente bem envergonhado. Não tinha nada tão forte para contar a ele, afinal, os estudos na época consumiam a maior parte de seu tempo e de sua atenção... Então.. se sentia até um tanto ruim por não pensar nele de forma tão especial como aquela. Não que não o achasse especial, claro que era, mas não uma história assim como Koji...*

- M-me desculpe... Eu não sei o que dizer agora na verdade... Naquela época era complicado. Eu não costumava olhar para ninguém com interesse além de livros e estudo... Você sabe, Koji. Mas por algum motivo ficar com você naquele curto tempo eu me sentia uma criança normal. Haha... - *Um riso um tanto melancólico soou dos lábios antes de apoiar o cotovelo esquerdo sobre a mesa e apoiar o lado do rosto ali na mão fechada enquanto o olhava agora.* - Talvez não era igual o sentimento daquela época entre nós dois... Mas agora eu sei que é.

*Disse as ultimas palavras com um sorriso melhor, mais alegre antes de cortar totalmente o assunto, pois se continuassem ali com aquelas declarações o coração não iria aguentar. Já sentia o próprio disparado com o que dissera e nem havia dito nada de tão chocante... talvez.*

- Bom! Vamos terminar nosso jantar antes que esfrie! Você aprendeu bem com seus avós então! Pena que não tive tempo para esses tipo de conhecimento culinário... E não se sinta na obrigação de cozinhar sempre para mim... Não sou mais uma criança, Koji.

*Então pegou a taça de vinho e bebeu um gole ali rapidamente antes de voltar a sua refeição preparada pelo loiro ali. Disse que não precisava fazer a janta sempre... mas de vez em quanto ele aceitaria. Era difícil sobreviver de junk foods...*

*E porra comprar o homem pela barriga era sacanagem, mas o moreno não ligava realmente sobre isso, só não queria que Koji exagerasse em querer cuidar do moreno do que dele mesmo. Mas não pode deixar de se sentir feliz ao ouvi-lo dizer tais palavras.*

- Eu não sei nem segurar uma faca direito, Koji... Quer dizer. Eu sei segurar um bisturi e abrir pessoas, talvez isso me ajude a aprender a cozinhar?

*Então o moreno riu da própria piada feita antes de tomar mais um gole da bebida a mesa. Talvez abrir pessoas com uma faca e costura-las depois não era bem uma ajuda culinária... Mas que sabia utilizar utensílios cortantes, sabia. Não demorou muito para acabar a sua refeição e por sinal estava muito boa já que seu prato não sobrara nem grão de arroz. Afastou um pouco a cadeira para dar espaço as pernas que agora se cruzavam e recostou as costas nuas sobre o encosto da cadeira enquanto segurava a taça de vinho com a mão direita enquanto a outra repousava sobre a própria coxa. Fazia tempos que não tomava nada alcoólico por conta do trabalho... E ainda mais por não ter uma tolerância muito grande a esse tipo de bebidas. Mas era uma comemoração, certo? Não iria recusar. Tomou mais um gole da bebida e balançou suavemente a taça enquanto a fitava distraído.*

- Ah sim, sinta-se em casa aqui, certo? Depois eu lavo a louça... Vamos aproveitar hoje, ok?

- Não, estou satisfeito. Estava muito bom mesmo, Koji!

*O doutor então agradeceu pela refeição com um largo sorriso de satisfação. E fazia tempos também que não comia nada parecido depois que decidiu ir embora da Russia. Então a pergunta sobre as tatuagens fez olhar para o loiro por alguns segundos, tentando lembrar quando fora mesmo que havia feito elas. Então tomou o último gole da taça de vinho e deixou esta sobre a mesa. Não estava se sentindo nada na real, então fez um gesto simples com a mão para o loiro para que colocasse mais um pouco em seu copo também quando o viu servir a segunda rodada, apenas para não interromper a conversa que estava tendo.*

- A do peitoral e das costas foram quando completei 16, logo depois que fui embora da Russia para o Japão com a minha mãe... - *Sorriu de forma gentil ao falar sobre ela.* - No meio tempo que estive lá fiz as dos braços por influências do meu velho... Então quando minha mãe faleceu... Eu fiz as das mãos.

*Disse enquanto olhava agora as mãos tatuadas e riu baixo, antes de olhar para o loiro e voltar a sorrir de forma gentil. Não queria preocupar o loiro e nem estragar a conversa com coisas desse tipo, então logo falava.*

- Ah, não se preocupe. Minha mãe faleceu a 7 anos atrás. Foi quando voltei pra a Russia estudar e decidi sair dos negócios do meu pai para vir recomeçar aqui, nessa cidade. E por um mistério do destino eu encontrei você! Haha!